Sinta essa dor fantasma
que esfria tua alma
e congela o teu coração
Vigia com os lobos da matina
que morrem de anemia
por falta da sua refeição
Tua espada está sempre vermelha
com sangue de ovelha
mas isso não te causa aflição
Teu rosto tem cinzas de uma vasta
terra devastada
por necessidade de destruição
Por que
você não apaga
as chamas da vida?
E dê motivos
para os mortos
acharem a saída
Lembra
daquela era vazia
que os corvos conduziam
as pessoas sem luz pra redenção?
Lembra?
Sangue era o que chovia
luxúria, orgulho e irá
veio a selar teu coração
Tua espada está sempre vermelha
com sangue de ovelha
mas isso não te causa aflição
Teu corpo queima como brasa
teu dedo indica as almas
teus olhos veem além da escuridão
Por que
você não apaga
as chamas da vida?
E dê motivos
para os mortos
acharem a saída
Por que
você não apaga
as chamas da vida?
E dê motivos
para os mortos
acharem a saída
Lembro do teu corpo fraco
que ajoelhado
esconde o sol
com medo ele volte a brilhar
Lembro do caos, do desespero
daquele sol negro
que faz os mortos
caminharem
caminharem
caminharem
caminharem