Estou caminhando, pelo mesmo lugar,
Que passo todos os dias.
Mas de algo, estou me lembrando.
Sim, algo que há muito, muito não sentia.
Os ventos do outono, já não podem inventar.
Sons, imagens, uma história que eu já vi.
Ao menos se eles me trouxessem
As pessoas que um dia, estiveram aqui.
Um rosto, dois rostos, são os mesmos rostos.
Rostos com o mesmo desgosto.
Um brilho fosco no olhar, alguém deposto,
Ninguém disposto a lutar.
Estou pasmo...Queria saber o "porquê".
Parado me perguntando.
Queria sentir outra vez
Aquele olhar me queimando.
Estou caminhando,
E todos os dias passarão,
No mesmo lugar.
Quantas eras já passaram por mim?
E quantas vezes vou cruzar o teu olhar?