Eu fui o rei do baralho, homem de má intenção, jogar
carta e beber cana era a minha inclinação...
Quando eu sentava no jogo, sentava de preverção, no
sinto o revolver "esmir", duas facas e um facão,
Já bebia uma cachaça misturada com limão, puxava o
chapéu pro olhos e misturava o carvão,
Eu roubava uma carta e duas, jogava outra no chão,
botava outra no bolso, tava feito a tapeação..
O parceiro outro me via, já me chamava atenção,
vibrava virava a mesa, me chamavam de ladrão,
Outro mais perto gritava terminem com a
discussão,seguia o jogo de roubo,vergonha não tinha
não
Quando amanhecia o dia não me restava um tostão
Chegava em casa com sono já dava outra explosão
A mulher pedindo roupa, os filho pedido pão, e eu não
tinha pra dar, que maldita profissão.
Um dia minha filhinha, me agarrou pela mão, papai você
me acompanhe pra uma apresentação,
E me levou na igreja onde reina a devoção, me
apresentou para o padre e me fez a confissão
Depois de muitos conselhos eu chorava de emoção,
Tomei a hóstia sagrada, minha santa comunhão..