Tô possuído por espíritos que praticam tortura
Sangrando e levitando a 4 metros de altura
Uma mão gelada me segura no pescoço
Cortes no meu rosto e fratura em cada osso
Essa mão me gira até o sangue escorrer
Eu me engasgo com meu sangue e me afogo até morrer
O rosto do demônio aparece no espelho
E o tapete que era branco agora tá todo vermelho
Um aparelho, de tortura é lançado contra mim
Perfura o meu baço e atravessa o meu rim
Ouço risadas vindo de baixo da minha cama
No chão, pedaços de cabelo misturados com lama
O cheiro de carne podre misturada com necrose
Tusso com sangue como se tivesse tuberculose
Ando como se tivesse sofrendo hipnose
Desviando de cadáveres mortos por overdose
A janela explode e lança vários pedaços
De vidro, um deles acaba entrando no meu braço
E no ouvido, e agora com o peito lacerado
Me sufocando no meu próprio sangue coagulado
O barulho de bebes chorando invade meu ouvido
Eu vejo o corpo mutilado de um feto recém-nascido
Com os braço fraturados e o seu crânio partido
A mãe dele pendurada cometendo suicídio
Essa casa assombrada é fria como o inverno
Meu peito tá sofrendo um sangramento interno
Quando eu olho um velho morto vestindo um terno
Que me diz ?ME SIGA PARA O INFERNO?
Ele me disse que vai ser um ótimo negócio
Que o diabo vai me quere pra ser um sócio
Mas era uma armadilha e ele pega minha mão
E com um punhal de meio metro atravessa ela no chão
Eu puxo ela de volta e a minha mão se solta
Eu consigo correr por trás da sala e dou a volta
Mas o vento que tá batendo ali fora é forte
E traz a tona ao meu nariz um forte cheiro de morte
Corro em outro quarto e passo em cima da cama
A cortina é feita com retalhos de pele humana
A porta tem marcas de unhas e cabeçadas
E eu posso ver uma moça morta pendurada na sacada
Quando eu finalmente dou a volta no quarto e saio
Na rua tá chovendo muito e caindo raio
Eu vou correndo e saio pela porta da sala
Meu carro tá repleto de corpos no porta mala
Eu sigo correndo de pé por todo jardim
Braços, mãos e dedos, putrefatos querendo tocar em mim
O portão enferrujado é pesado e tem dois metros
Minha mão sangrando é comida por insetos
Mas eu passo, no meio das barras de aço
Pra sair daqui so falta mais 1 passo
Eu me espremo no meio dessas duas barras
E finalmente consigo escapar das garras
Corro na estrada gritando por ajuda
Tentando na verdade porque a minha voz tá muda
A minha perna tá fraca e o meu pé também
Meu pescoço tá mais roxo do que o do Saddan Hussein
Agora eu finalmente consegui uma carona
Uma picape velha toda coberta com lona
Eu entro descanso e deito no banco do passageiro
Eu fecho o olho e viajo o caminho inteiro
Meu corpo descansou e tá querendo acordar
Mas o cheiro do lugar, parece familiar
Eu tô mesmo quarto, e eu não posso acreditar
Botaram agora eu numa jaula que é pra eu não escapar