Você que trabalha com a enxada
Tem as unhas negras sujas
Do humus e do adubo
E respira o pó que da terra emana
Você que revolve o chão qual pisa
E que ordenha rotineiramente o gado
E que solitariamente agradece o dia a dia
Você que molda o ferro no calor do fogo
Vira a massa que vai construir tantas casas
E sente nas mãos o calorda rotina
Você que conta moedas em sinal de desespero
Vê seus filhos serem enterrados pela inanição
E ainda assim esperam
Por dogma destino
Político promessa
Quem espera não alcança só lamenta a miséria
O estado de inércia não demonstra angústia
E nem libera a necessidade de lutar
Faça de sua revolta uma luta (com armas)
E não espere pra lutar pra mudar
Pra alcançar pra vencer!!