Que batuca virado o danado do meu coração,
Que é sempre parado, ou atrapalhado
Num compasso que eu não passo
E ultrapasso de compreender.
Na tua frente começa a se derreter
O que em mim tava vidrado e pra se perder.
E que já ta me rasgando e me doendo,
Ja há séculos, e séculos de dias atrás.
Que pensamento é esse que já fez despensar,
E que mandou todo o raciocínio se calar?
E que fez a minha veia começar a borbulhar,
E que fez a minha boca começar a recitar
Poesia sem sentido, com toda razão.
Me fez parar, e depois teletransportar
Pra minha mente que na hora me mandou
Pro coração.
E foi lá que eu conheci
O teu batuque em mim.
Eu virei terrero pro teu agogô,
E tu virou o pai de santo
Que visualizou:
'essa menina, vai virar carnaval!'
Que peito é esse que não parar de sambar?
Menina se aqueta tu pode se desmanchar.
Eu quero me desmanchar
Já há séculos, e séculos de dias atrás.
Já há séculos, e séculos de dias atrás.