Minha motoca vai soltando co2
Eu fico triste pelo o2 eu vou largar minha motoca
Eu vou andar com o pé no chão como se anda
Como a lagartixa anda e andando caminhando
Vou indo ver a minha amada
E caminhando, divagando em pensamentos
Eu vou sentindo os lamentos do pardal assoviando
Meu coração ao som do sol bate sangrando
E a rua encompridando, parece não ter mais fim
Olho procuro um abrigo eu quero a sombra de um oiti
Minha cidade parece que eu andei cego
Fui egoísta não nego, não te cuidei, não fui sincero
A minha vida a sua vida a do cachorro
Do meu tio, do vizinho, da mulher, do passarinho
Eu esqueci de reparar
Arreparando a avareza e o consumismo
E esse conjunto de ismo que te fez prejudicá
Te vejo agora, minha linda natureza
No poste de minha rua no quintal na laranjeira
No asfalto a lumiar
Tudo é você e minha vida é tão clara
Sempre esteves comigo diante do meu olhar
Não posso mais deixar de ver a minha essência
Eu sou o homem da terra, da fuligem do asfalto
Do concreto da madeira
Eu sou irmão do sabiá
A minha vida sigo cantando e emocionando
No coração sempre pulsando tenho que lhe anunciar
Muitos não sabem mas agora eu vou dizer
Tudo que eu vejo é natureza e não carece ter lugar
Apaixonado pela pureza da vida
Chego e já tô de partida te canto em outro lugar