("é hoje que eu vô enchê a cara
Aguenta fígado! ")
Não volto pra casa, lá nada existe
Pra que me deitar se o sono não vem?
Não como, não durmo, pra mim tudo é triste
Perdi para sempre quem mais quero bem
Não é brincadeira ver em outros braços
O corpo de alguém que a gente adora
Estou mergulhado num grande fracasso
Quem tanto eu amo partiu, foi embora
É esse o motivo do meu sofrimento
Já tomei remédio e essa dor não para
Agora aguenta fígado maldito
De hoje em diante vou encher a cara
Eu sei que alguém nesse instante desfruta
Daqueles carinhos que eu já desfrutei
É triste pra mim saber que outra boca
É dona da boca que muito beijei
Meu bem vive agora de mim tão distante
Sorrindo feliz ao lado de alguém
O meu sofrimento não cessa um instante
Eu vivo esperando por quem não mais vem
É esse o motivo do meu sofrimento
Já tomei remédio e essa dor não para
Agora aguenta fígado maldito
De hoje em diante vou encher a cara