Ao tranco eu levo um por de sol em cada espora
E vou embora por ausencias e caminhos
Que a vida sabe a dor dos olhos de quem chora
E campo a fora a cor da flor que tem espinhos
Se uma tropilha que domei voltasse minha
Por ser doaninha no uruguai no fim de abril
Com som na alma a moda antiga eu cruzaria
Pra ser Poesia e ter no olhar jeito de rio (2x)
Um basto antigo um poncho indio, um olhar crioulo
E mil consolos quando a alma encontra a fé
Abrindo a noite num olhar de um céu charrua
estrela e lua refletidas em chamamé.
Senhor do sol, irmão de todos os campeiros
Sobre o sombreiro levo sonhos e saudades
o campo largo já perdeu muita esperança
e a patria cança os de bombacha na cidade
Quem sabe um dia eu volte a ter pelos caminhos
Menos espinhos e mais sol senhor das horas
entre as auroras vem a luz sobre os sombreiros
Destes campeiros um por de sol em cada espora (2x)