Paisagem
Paisagem, tão bonita, sempre viva e tão sincera
Paisagem, tão aflita, não te vejo, como era
Sua Imagem de Alegria, pouco a pouco, foi embora
Sua linda Mata Virgem, tudo aqui me apavora
Paisagem, como sempre, maltrataram a Senhora.
Nos teus campos, verdes e limpos, Eu brinquei, quando criança
O cantar dos passarinhos, me enchia de esperança
Fui morar, lá na cidade, esperança foi embora
Mas agora estou de volta, pra ficar onde outrora
Minha Vida, era Vida, Vida não se joga fora.
Uma Casa de madeira, o Riacho e a cancela
A viola no meu peito, A Cabocla na janela
O luar por entre as Matas, Poesia e serenata
Não precisa de projeto, aqui Deus é o Arquiteto
Terá sempre a mesma imagem, Paisagem, Paisagem
Terá sempre a mesma imagem
Será sempre Paisagem.