Treze anos eu te aturo
Eu não agüento mais
Não há “cristo” que suporte
Eu não suporto mais
Treze anos me seguro
E agora não dá mais
Se treze é minha sorte
Vai, me deixa em paz
Você vem me infernizando
Como satanás
Você vem me enclausurando
Como alcatraz
Você vem me sufocando
Como o próprio gás
Ainda vive me gozando
Assim já é demais
Você vem me tapeando
Como um pente-fino
E vem me conversando
Como ao bom menino
E vem subjugando
O meu destino
E vem me instigando
A um desatino
Um dia eu perco a timidez
E falo sério
E faço as minhas leis
Com o meu critério
E vou para o xadrez
O cemitério
Mas findo de uma vez
Com seu império.