Em cada esquina eu vejo a sua vida,
eu vejo a sua lida,
em cada aeroporto que eu passo
no fim do horizonte eu te avisto.
E em cada carro que passa na avenida
eu sinto o seu cheiro,
te vejo no olhar
daquela outra menina.
E eu tão só
no frio desse quarto três horas da matina.
Só o vento eu tenho como abrigo,
o tempo, a solidão, o corpo e a alma fria.