A telefonista da floresta predial
A moça que virou telefonista
Porque dizia alô como ninguém
Agora mora fora do ramal sinal
Ocupada demais pra mim
E sou apenas mais uma voz do seu ouvido
Um coração varrido
O que a gente sentiu não tem mais sentido
A moça que estudou pra jornalista
Perdida na floresta predial
Eu lembro ela chegou do interior de trem
Pra conhecer o carnaval
E acabou comigo
Frevando na avenida
Morando em minha vida
Me fez tatuar um coração no umbigo
Um anjo sendo fêmea
Espécie quase gêmea
E hoje mal atende quando eu ligo
A moça foi a primeira da lista
Escolhida pelo anúncio do jornal
Agora tem convite pra beber champanhe
E eu tomado sonrisal
Ela ligou de noite me pediu desculpa
Ninguém teve culpa
Aconteceu tão natural
Amor de carnaval
Eu sinto o coração bater no umbigo
Perdido na floresta predial