Zé Limoeiro tomava todas e mais duas
Sabia o nome das ruas onde não lhe davam atenção
Zé Limoeiro tomava todas e mais duas
Contava as estrelas e as luas
Amigas de sua solidão
Zé Limoeiro o autor da rima mais bela
Fugiu pulando janela, pulando num mar de limão
Zé Limoeiro filho de empregada e pedreiro
Da sua rima fazia barganha
Limão em troca de pão
E lá se vai de vez em quando batucando no caminho
E lá se vai recontando as moedas do dia
E lá se vai criando poesia sem rima
E lá se vai recobrando sem rimar sozinho
Vender Limão
Vai ganhando em cada dúzia um pedacinho do seu pão
Vender limão
Arriba, caipira, tequila, amor no coração
Vem cá irmão deixa de ser tolo e ouça a palavra,
instrução
Vem cá irmão acorda bem cedo e sem medo entrega o
coração
Adeus
Já vou
Já fui
Adeus
Zé Limoeiro conhecia o mundo inteiro
Escreveu na porta do banheiro meu trabalho é minha
diversão
Zé Limoeiro, boné, chinelo e obagarta pro senhor
vestindo gravata
Vendeu mais uma porção
Zé Limoeiro não negava da caipirinha que faziam com
açúcar e pinga usando seu próprio
limão
Zé Limoeiro procurava até em mato molhado pois quem
sabe um limão estragado da
semente eu faço um pão
E lá se foi de vez em quando batucando no caminho
E lá se foi recontando as moedas do dia
E lá se foi criando poesia sem rima
E lá se foi recortando sem rimar sozinho
Vender limão
Vai ganhando em cada duzia um pedacinho do seu pão
Vender limão
Arriba, caipira, tequila, amor no coração
Vem cá irmão
Deixa de ser tolo e ouça a palavra, instrução
Vem cá irmão
Acorda bem cedo e sem medo entrega o coração
Adeus
Já vou
Já fui
Adeus