Já não percorro contente
Os campos da minha terra
Já nem me aquece a luz quente
Das tardes de sol da terra
Fugiu-me o sol da ventura
Do céu da minha ilusão
E à voz de Deus noite escura
Caiu no meu coração.
Refrão
Oh... Ribatejo
Pai do meu Tejo
Já te não vejo
Sempre a cantar
Teus horizontes
Rios e fontes
Prados e montes
Sinto a chorar
Toda a beleza
Da natureza
Acho tristeza desolação
Como acho negro o destino
Porque o campino está na prisão.
Vivendo a rir mal sabia
Que o riso é primo da mágoa
E tem a santa alegria
Das gentes da borda d'água
O amor de mãe internacida
só nos ensinara o prazer
Foi já na escola da vida
Que eu aprendi a sofrer.
(Refrão)