Faluas,
Vaga lembrança
Qu'eu de criança
Guardei para mim
Se as vejo ainda
Às vezes no Tejo
Revivo a alegria
Do tempo em que via no rio a passar
Faluas do Tejo
Que eu via a brincar
E agora não vejo
No rio a passar
Faluas vadias
Que andavam ali
Em tardes perdidas
Qu'eu nunca esqueci
E era tanta à beleza
Que essas velas ao sol vinham criar
Belo quadro da infância
Que ainda não se apagou
E eu tenho a certeza
Que as Faluas do Tejo hão-de voltar
Outra vez a Lisboa