Se tudo é relativo, eu crio minha dor
Quem foi que me ensinou
Que a luz vindo
Bem vindo, tão lindo, dói
Para a mulher que pariu
Segue sangue, Iracema
Flor do mangue, quanta violência
Quando foi que permitimos tanta indiferença
Entre nossos filhos? Lá vai
Pura mulher que pariu
Se tudo é relativo, eu crio meu horror
Quem foi que me ensinou a dar tanto valor, assim?
Neste padecer se o paraíso é florescer
Como a mulher que pariu, vai chorar, gargalhar?
Sonhando quem vem lá, a luz se desvendar
Gera, gera, gira, regenera amor
Se tudo é relativo, eu crio meu louvor
Quem foi que me ensinou?