Eu sei, pra ti não sou ninguém
Não faço parte do teu mundo
Não sou o berço que procuras
Tão pouco tua alma gêmea
Nunca sequer um dia ouviu
Qualquer murmúrio sobre mim
Na multidão alguém comum
Por toda a costa um grão de areia
Em seu caminho o que tu olhas?
A cerca de arame farpado?
A sombra por de traz do monte?
O asfalto? O pasto? Uma pedra?
Algo assim tão rudimentar
Possa um dia atrair sua atenção?
Uma brisa fresca no vale da morte
Ou esta canção um tanto piegas
Ao menos por meio segundo
À nuca suba o arrepio
No peito sinta um breve vazio
Singelo, simples e quase nada