Não consigo entender o que se passa
Tudo rodando feito pista molhada
Minha cabeça estilhaça o vidro
As personagens vão se confundindo
Nessa minha falta de segurança
Tudo que eu pego vira arte de criança
Se eu não perco, com certeza quebro
Só pra provar o meu falso desapego
A minha força eu uso do avesso
As personagens vão se construindo
A minha força eu penso que conheço
As velhas personagens se destruindo
Posso abraçar o fracasso dos pobres
Também sujar a taça dos primeiros
Se é pra escolher, eu quero o que me engole
Só pra depois dizer que eu nunca fui aceito
Não consigo entender o que se passa
Tudo rodando feito pista molhada
Minha cabeça estilhaça o vidro
As personagens vão se confundindo