Se o meu mundo cabia na estante
Em livros que eu não leio mais.
Decerto ficou tão distante
Quanto a verdade dos jornais!
O que sei não cabe nessa sala
Não me convém sequer dizer.
Pretensão não levo na mala
Com trajes da alma por fazer!
Todo o meu espaço é todo meu resumo
Um universo, uma breve galáxia!
Palavra muda não tem sumo
O Oriente sem a Ásia!
Já pertenço a seus limites
E os meus ultrapassam as margens do Atlas
Você termina aonde eu fico triste
A minha voz remete às farpas..