E se tudo que eu for for escuridão
for esse turbilhão
presa nessa imensa solidão?
O que acontece se eu não me encontrar na luz
descobrir que com sorrisos
o meu cérebro já não produz?
E se eu for apenas esse paradoxo
que ruma para o topo, emerge do fundo do poço?
Quem serei eu sem os meus problemas
fora dos meus dilemas, sem os meus esquemas?
Serei ainda eu sem o coração partido?
Será que a minha essência
está neste amor bandido?
O que a felicidade fará à minha escrita?
E se ela for maldita, invés de ser bendita?
Poderei eu me afogar num mar de alegria?
No meio da euforia, o que mais eu diria?
Quem eu seria sem o vazio
que preencho com todas as poesias?