Mais um dia de labuta, dia de cão, sol de solidão.
Num ônibus apertado, gente pra caralho, observava o céu.
De nuvens aceleradas, numa direção formando multidão.
O clima desengonçado de Aracaju, não me deixou pensar.
Foi quando dei o sinal e fui descer no ponto e avistei você.
Menina de saia branca, estilo erva santa enfumaçou meu ser.
Virou fumaça nessa neblina.
Seda em brasa, queima essa menina.
E o dia se arrastou nas horas e na minha mente só dava você.
Pensava naquele segundo, se tivesse tempo como é que ia ser.
Não tinha fuga, não tinha nada.
Nem se quer estrada pra te fazer sumir.
E delirava entre as palavras que não foram ditas, pra te consumir.
E esse encontro era adiado,
quando chegava o ponto você não estava ali.
E o que restava menina era um bom dechavado
para me fazer sorrir.