Já parou pra pensar
Que de repente um dia o Sol pode não raiar
E os abraços que deixou pra amanhã
De nada vale se o amanhã não chegar
Já parou pra pensar
Que o mais valioso não se pode comprar
A gente desmata e quer sombra
A gente polui e reclama do ar
Nosso lixo vai pro mar
Guerras matam sem parar
O amor onde é que tá
Se tudo tá se destruindo
Desse paraíso o que é que vai sobrar
Poucos tão vendo
O azul do céu cinzento e o amor sumindo
A Amazônia queima e a gente distraído
Desse jeito o que será dos nossos filhos
Poucos tão vendo
O sertão sofrendo, os sinais se cumprindo
E a gente só se importa com o próprio umbigo
E pra volta de Deus ninguém dá mais ouvido