Todo dia me encontro
em mim mesmo sem saber
se me levanto e canto
ou visto o burguês
Eu me calço escovo os dentes
me espreguiço e disso
faço o dia-a-dia
procurando me encontrar
Houve tempos em que eu saía
da escola pra zoar a tarde toda
só vivia de clichês
Os amigos sempre juntos
celebrando a liberdade
Carpe diem
Foi assim que a gente fez
Não sei se vai adiantar
mas pelo menos
eu quero tentar
pra saber do futuro
Qual vai ser
Qual vai ser?
Do futuro qual vai ser?
Quando escrevo
já não sinto mais aquela convicção
e rabisco tudo é sempre tanto faz
Mas eu sei que agora a vida
não me diz nada de novo
e eu me prendo sempre a um monte
de clichês