O Astronauta De Mármore
A lua inteira agora é um manto negro
O fim das vozes no meu rádio
São quatro ciclos no escuro deserto do céu
Quero um machado pra quebrar o gelo
Quero acordar do sonho agora mesmo
Quero uma chance pra tentar viver sem dor
Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar
Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite faz tremer o fogo
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul
Dois
Quando você disse: nunca mais
Não ligue mais, melhor assim
Não era bem o que eu queria ouvir
E mais uma vez você ligou
Dias depois, me procurou
Com a voz suave, quase que formal
De repente as coisas mudam de lugar
E quem perdeu pode ganhar
Teu silêncio preso na minha garganta
E o medo da verdade, eu!
Eu sei que eu, eu queria estar contigo
Mas sei que não, sei que não é permitido
Talvez se nós, se nós tivéssemos fugido
E ouvido a voz desse desconhecido
O amor, o amor, o amor, o amor!