É do fundo do coração que brota o samba
A garganta é quem canta o samba
As mãos que tocam o pandeiro
Os pés que pisam o terreiro
Os dedos dedilham o som do violão
A voz de um partideiro
É que encanta a gente
Na boca, um samba dolente fala de amor
Malandro que curte e sente
Quando seu o cavaco chora
Lembra daquela pretinha
Que um dia foi embora
A Lua já desponta lá no céu
O samba pra acabar não tem hora
Vai até de manhã
Na cadência do som do tantã
Só alegria pra esquecer o dia a dia
A gente ri, a gente chora e samba
A gente ri, a gente bebe e sonha
Aqui a gente esquece a ferida
No samba, a gente curte a vida