O chão que floresce à noite serena de Outubro,
O pequeno riacho que corre em passo lento,
O sol que se põe deixando o lago rubro,
A verdade folha bailando no ar guiada pelo vento,
O pássaro que passa sem fazer alarde,
Aquilo que não se pode comprovar verdade ou mito,
Tudo que volta em hora de saudade
E tudo aquilo que se deixa no tempo escrito;
Singelas ações que passam despercebidas,
O que não se vê no frágil cotidiano,
São exatamente o que marca a nossa vida
E faz com que o mundo não tenha um girar insano.
Olhe para o céu e me diga o que vê:
O azul que ainda sobrou ou as nuvens de chuva?
Tente sempre procurar a verdade e crer
Que sua ventura não tem a essência turva.