Quando o último índio escutar
O som do último tiro
E seu corpo cair, despencar
Deixando o último suspiro
As armas explodirão
Próximas aos capangas
As moto-serras enlouquecerão
Às margens do Ipiranga
As cabeças megalomaníacas
Serão decepadas
Rolarão sobre o solo e adubarão
A natureza toda
Cairá sobre o mundo a escuridão
E nenhum um deus atenderá
Em meio a tanta podridão
Os pedidos de desculpas
No céu então será ouvido
Entre os sons dos tambores de Tupã
O ronco do trovão
Trazendo o novo amanhã
Tupãberaba trará novo dilúvio
E dessa vez será bem mais que justo
Não haverá arca capaz
De suportar tanta lágrima