Incêndio fogo no ar
Incêndio céu cinzentou
Incêndio! na mata canta um guariba!
Barbarie, bençavó
Vou partir pro igapó
Dá balde, dá balde
Dá balde, dá balde
Ueraê
Eis que se alastra na floresta a cobiça
Desumana, desnuda e corrosiva
A perder-se de vista
Transbordando o cálice da seiva bruta da terra
Que deixada aos cuidados de mãos destraídas
Encontra-se extinta
No furdunço do caos a roupagem que traja o selvagem
Flagrado por uma ingênua consciência não identificada
Ante os valores renegados
Da sua própria tribo
Da sua própria tribo
Da sua própria tribo