Hoje eu volto pra fazenda pai
Não dá mais pra aguentar
Vou deixar a faculdade pai é aí o meu lugar
Esse monstro de concreto pai
Ofendeu meu coração
Eu sou filha de vaqueiro
Tenho sangue de peão
Essa noite eu sonhei meu pai
Com a roda de viola
Com os meus irmãos cantando pai...
Deu vontade de ir embora
No sereno da madrugada pai
Eu vi a lua cor de prata
Seu carro de boi cantando
Essa saudade ainda me mata
Diz à mãe me esperar meu pai
E pôr mais água no feijão
Diz pro mano zé celar o meu cavalo alazão
Vou cavalgar pelos campos pai
Relembrar a vaquejada
Quero ouvir o triste cantar
Do inhambú lá na palhada
Quero ver o gado manso pai
No curral à ruminar
Deixe tudo no jeitinho meu pai
Que sua filha vai voltar