Sambei com o batuque dos crioulos
Ouço atabaque e sons de couro
Regresso aos nossos ancestrais
Canto
Nasceu na roça e nos cafezais
Canto de amor, revolta e aflição
Que se tornaram rituais
Hoje somos um povo dessa herança singular
Enriquecemos a cultura
Mostrando sonhos, descriminando nossos corações
Temos fé para criar os nossos filhos com "Axé"
Nos libertamos das correntes
Violações nunca mais
Sambei em veia par e sangue ímpar
De pé descalço e alma limpa
Sou conclusão do enredo de outros carnavais
Versei
Rimei "Candeia" com eminência
E entendi que resistência
É ser fiél aos nosso ideais
Reguei minha raiz com o suor das minhas mãos
Descriminei a descriminação
Hoje o quilombo são os nossos corações
Temos fé que nossos filhos cresçam de cabeça em pé
Estilhaçando as correntes
Violações nunca mais
Violações nunca mais