Despus do meu pangaré panhei o tar de automóvel
Não precisa ferradura nem sofre de pisadura ai ai
Agora to bem por cima vou-te falar como é
Tem uma tar buzina carca a mão, chove muié
Ele tem o pé redondo mas deixa o rastro cumprido
Não come capim guiné nem tem medo do perigo ai ai
Um sufoco eu passei despenquei na ribanceira
Fui parar num ribeirão arranquei cerca, e porteira
Ele não usa de cabresto nem bebe agua do poço
Também não tem que pastar nem come o trato
no cocho ai ai
Passa até em mata-burro só tem que mirar o bico
Mas se a mira faia ai não tem jeito, ali caio e fico
De noite o zoio dele acende pra modo da gente ver
Ele só tem um defeito é quando eu quero beber ai ai
Não sabe voltar pra casa de bêbado eu volto a pé
Dai bate uma tristeza ai que saudade, do pangaré