Você vivia sempre muito cheia
De mistério e compromissos
E eu achava aquele papo de futuro,
Profissão, um lixo
Você acreditava em jornal, televisão, cinema futurista
E sempre tinha alguma frase genial
Quando chegava do analista
O seu problema era eu
O seu dilema era pobre
A sua cisma roeu
A sua pose de nobre
O seu problema era eu
Você viva sempre calculando o cambio paralelo
E eu achava interessante
E sempre sorria amarelo
Você me alertava sobre o meu cigarro
Meu whisky, o vício
E eu que só acreditava em montanha
Que tivesse precipício
E eu sei que o seu era eu
Eu te tirava do sério
E você nunca esqueceu
Direito essa vontade de pular