Nas profundezas do ontem
A mata era infinita
A seca invadia o mundo
O mundo dos Jurunas
Juriti, a guardiã das águas
Em seus tambores velava
O fluido da vida
Os filhos de Sinaã
Desconformes com a sede que assolava
As noites e as amanhãs
Quebraram os tambores da ave columbídea
E foi aí que o pesadelo começou
E juriti um bicho virou
Um peixe dos tambores despertou
Engoliu Rubiatá
Que nas águas formará
O Caminho Xingu ao imponente Amazonas
Rubiatá, em forma de gente
Soprou ferozmente
Largueando o Rio e transformando o grande Rio Mar
Guardiões da vida
Tambores de Juriti
Elementos da vida
Tambores de Juriti