Saudade que mora no meu coração
Saudade que bate e leva ao perdão
As vezes ela me leva a sorrir
As vezes me faz vagar por aí
E hoje
Revendo as relíquias guardadas em meu porão
Ela bate à porta, entra sem demora
E me joga ao chão
Sinto o cheiro do tempo
E a lembrança é faminta
Fome de reviver
Momentos sublimes que marcaram a vida
O meu velho mp3 executa a mesma canção
Não importa quanto tempo passe
Ainda sinto a mesma emoção
Releio as cartas escritas pelo meu velho pai
Percebo que o que sinto
Senão infinito é grande demais
Em fotografias fragmentos da vida
Revivo momentos felizes
Ao lado de amizades perdidas
E a saudade que agora se ausenta do meu coração
Sei que um dia ela volta e traz lembranças do meu porão