Solidão e frio
Nesse quarto tão vazio
O silêncio vai se juntando à escuridão
Lágrima que cai
Inundando a dor em vão
Chuva vai levar
Os meus passos pelo chão
O meu olhar parece
Que me leva ao precipício
É o início do fim
Tão certo quanto o amor
Que eu levo por ti
É o espinho da flôr
Que na carne senti
Vejo o mundo em ti
Tua saliva é o mar
A estrela o olhar
O teu corpo é meu chão
Como navegar?
Como andar sem te tocar?
Como existir sem ter forças pra sonhar?
A sua mão me leva
Longe desse sacrifício
É o início em mim
Se posso navegar
Não vai ser triste o fim
Vou poder caminhar
Longe da solidão
(07/12/2002)