OLHOS DE PERCEVEJO
11/2000
DENTRO DE MIM HÁ UM SER SEM FINAL
TENTO VER UM SINAL ENTRE O BEM E O MAL.
QUE MILAGRES VEREI,
NASCEREM DE TI?
E O SOL QUE A POUCO SAIU,
ME DEIXOU A IMPRESSÃO,
QUE VAI LOGO MORRER.
VOU DAR UM PASSEIO, DOU TCHAU PARA MIM,
MAIS EMBAIXO UMA MOSCA,PICANDO E ARDENDO.
SÓ NÃO DEVO ESPERAR,
VOLTAR PRO MESMO LUGAR,
OUSO AVENTURAR,
MAS O EU QUE FICOU,
NÃO PARA DE CHAMAR.
SEI QUE AONDE VOU EXISTEM ESTRELAS,
ENCOBERTAS OU NÃO, AINDA HEI DE VÊ-LAS.
MISTURO MARÉ,
COM TERRAS,
AREIAS,
E NO MESMO LUGAR,
UM BOCADO DE AR.
TE AMO ESPANHOLA,NUM INSTANTE SE FOI,
E PERDEU A RAZÃO,O MOMENTO PASSADO.
E O TEMPO DESFAZ,
MEU OLHAR SEM PARAR,
E A FÉ DEIXA ENTRAR,
A ENERGIA DO TEMPO,
A JORRAR.
OLHOS DE PERCEVEJO QUERENDO PRENDER,
NO INSTANTE, NO AR, O MOMENTO FUGAZ,
IGUAL MIGALHAS,
EM DECOMPOSIÇÃO,
AO INVÉS DE COMPOR,
UMA NOVA VISÃO,
E VOAR...
CARANGUEIJOS MUÇULMANOS, COMENDO MEUS PÉS,
NA IMAGEM IMPOSSÍVEL,A CERTEZA DO SER,.
COMO PENSAM OS RATOS,
CUJO TEMPO É DISTINTO,
É APENAS DOS RATOS.
DOS PRATOS, LAGARTOS,
DOS FATOS.
VOLTAR PARA MIM E REVER MEU EGO,
JÁ NÃO POSSO ESPERAR, POIS ME VEJO SEM AR.
QUE MILAGRES VEREI,
NASCEREM DE MIM,
E O SOL QUE A POCO SAIU,
ME DEIXOU A IMPRESSÃO,
QUE VAI LOGO MORRER.