Meu amigo vento tem em mim o seu templo
Ao sabor do vento, os ponteiros contemplo
Tudo é um momento, o agora é um monumento
Quem me traz alento, junto a um novo entendimento
Cinzento... Tranquilo
Como testemunha, os cabelos e as unhas
As velhas mumunhas, e a risada dessa alcunha
Com a beleza das folhas do outono se vai
Como o tempo se esvai e eu tô como?
Num bye bye pro ontem, que contém o ônus
Duro aprendizado, que me deu mais tônus
E cada dia aqui é um bônus
Na dança, oxigênio e carbono
Menino, rapaz, com a paz de um bom sono
Jamais escapar da voraz fome de Cronos
Alma livre onde ninguém é colono
Bem guapa, escapa da farpa do abandono
Paciência pra vida não ser mono
Pra ciência e outros campos que aciono
Alinhado com cada cromossomo
Grisalhos cabelos dizem bem como somos
Bem tranquila nos aguarda num domo
A cinza sabedoria de cajado e quimono
Cinzento... Tranquilo