Arde na terra a solidão da lua
Iluminando meu olhar perdido
Entre campinas, abismos, chapadas
Meus olhos queimam a última lembrança
Como fogueira em noite de estrelas.
Me deito só
Com vista para o mundo
Calando fundo meus sonhos minhas queixas
Mas alço vôo em busca de teus passos
Piso descalço na terra do teu corpo.
Suave passo, suave gosto, cheiro de mato
Meu braço, laço te lanço em segredo!
Vem ser meu canto meu verso, meu soneto
Vem ser poema noárido deserto.
Serei oásis, silêncio, festejo
Serei Sertão nas horas de aconchego.