Seu nome é miséria, e só me da migalha
você me abraça e ao mesmo tempo só me arrasa
E quanto tempo aceito a sua escravidão?
Você me humilha, me ofende, me faz comer do chão!
Você é minha dor, é meu veneno, meu vício
minha desgraça, meu lixo, o câncer que me tomou!
Para o seu império os ricos e pobres são chamados
Lá não tem branco nem preto são todos condenados
Não posso admitir, você me destruir
Chega do teu lixo, chega desse vício
Eu não fui feito pra viver assim
Eu vou lutar e eu vou ver seu fim
miséria eu declaro guerra e vou matar você
Eu vou pra cima o que me domina é a fome de vencer
miséria o meu sangue pede por revolução
É meu futuro, é minha vida, eu sou cidadão!
Muita gente tá morrendo e é tudo culpa dela
Faz de cego, de surdo, de mudo todo aquele que aceita ela
E do palácio (ooh ooh) vem a miséria
E do asfalto ao morro ela impera
Minha nação cansou de te alimentar
Meu povo nunca foi feito pra se ajoelhar
Eu vejo os filhos de Deus e da pátria mãe gentil
Eu vejo soldados e guerreiros do meu Brasil
Eu quero o fim da corrupção
Chega do teu lixo
Chega desse uh-uh-oh
Fim da pátria armada
Nada mãe também nada gentil
Desordem, regresso, processo do terceiro mundo no Brasil
Poucos com muito, muitos com pouco
outros muitos com nada
Todos contra todos morrendo aos poucos
em golpes e socos e facas
Só te dou se me der, eu só vou se vier, miséria
eu só quero se quiser, eu só faço se fizer, miséria
Geração de sonolentos
sem tempo, míope que não quer a lente de aumento, sem
raízes são levados com vento
não se pode presumir não aguento
Atletas na maratona, correm, detonam a alma
metas impõem suas condições pra
rebeldes sem causa
Nação ferida nos juntos iremos te curar
os filhos da ordem e progresso
vivos pra te matar