No redemoinho deste vento
Mora um neguinho popular
Ai de quem com ele se depara
Lá no meio o saci há de encontrar
O rei das diabruras lá está
Fuja deste vento enfezado
Que surge dos pastos, matagais
E busca as veredas solitárias
Querendo aos viajantes assustar
Pedindo fumo para cachimbar
Se você ouvir um assovio
Misterioso e encantado
É o saci que vem lá e e e o
Ele já vem aprontar
Ele trança a crina dos cavalos
Reza o milho da pipoca
E faz virar piruá e e e o
Faz até ovo gourar
Vem, vem negrinho
Que um dia alguém irá
Te apanhar
Espere o surgir do vento bravo
No dia de são bartolomeu
Leve uma peneira em cruzeta
E um frasco com rolha cruzada
Que cilada você vai armar
Joque a peneira lá no meio
Quando o currupio se aproximar
Que o negrinho irá ficar cativo
É a hora em que você vai se vingar
O rei da estripulia vai dançar
Retire o capuz de sua cabeça
Sua força irá minguar
Ele entrará na garrafa e e e o
Depois é só arrolhar
E agora acabou-se a travessura
Bom serviço vai prestar
Você irá trabalhar e e e o
A hora em que eu mandar
Vai vai negrinho embora já
É hora de te soltar