Olho pra fora, a rua corre e fala e grita também sorri
Pedras falam, nuvens dizem, rios correm e nós
Dando nós apertando sapatos, apertando o peito
Dando um jeito de sobreviver
Letras escrevem, traduzindo línguas
Canetas que assinam o fim
Em mim a sombra do vento bate
Em mim uma voz aponta o salto, no escuro
Derruba teu concreto
Quero ver além do teto, saber quem vive ai
Olhando no teu olho passo a passo no caminho grande
Da via láctea, da névoa clara, do sol de agora
Do ontem embora, do dia de hoje
E de já não saber mais quem eu sou
E de já não saber mais quem eu sou