O rumo, o prumo, a tarefa
De dar sentido a esta festa
A raiva, a calma, a desgraça
E o meu peito é carapaça
Insisto, explico e nada
Que me acuda São Francisco
No meio dos seus passarinhos
Pois só me falta paciência
Mediante a hora da contenda
Já pensei em me jogar
Desistir, não ficar, me acabar
Mas me resta continuar
O povo na plateia esperando está
A rédea espora a vida
Se não cuidar ela se estoura
Desvia, escapa, perdida
Já não sou eu quem a controla
Rejeito e exijo resposta!
Desde quando necessito
De quem me caminhe o caminho
Se uma perna quer andar
E um rio de pensamento faz outra voar
Puxo a moira pelo cabelo
E a obrigo a soltar o novelo
Me entregando o fiozinho
Que apelidaram de destino