Quem comeu sarapatel na ribeira
E traçou o caruru do erê
Já deu doce pra doum na esquina
E pipoca pra obaluaê
Quem cuspiu a canjibrina no santo
Veste branco em dia de oxalá
Tem a ginga do andar do malandro
Não é qualquer um
Que vibra na força de Ogum
Valei-me Deus, um saravá
Axé, mojubá, zambi, kolofé
Qual é? Cada um com a sua fé
Eu vou desse jeito que o rei mandou
Kaô kabecille (meu pai Xangô)
Axé, mojubá, zambi, kolofé
Qual é? Cada um com a sua fé
Eu vou desse jeito que o rei mandou
Kaô kabecille (meu pai Xangô)
Quem comeu sarapatel na ribeira
E traçou o caruru do erê
Já deu doce pra doum na esquina
E pipoca pra obaluaê
Quem cuspiu a canjibrina no santo
Veste branco em dia de oxalá
Tem a ginga do andar do malandro
Não é qualquer um
Que vibra na força de Ogum
Valei-me Deus, um saravá
Axé, Mojubá, zambi, kolofé
Qual é? Cada um com a sua fé
Eu vou desse jeito que o rei mandou
Kaô kabecille (meu pai Xangô)
Axé, Mojubá, zambi, kolofé
Qual é? Cada um com a sua fé
Eu vou desse jeito que meu rei mandou
Kaô kabecille (meu pai Xangô)
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor