Pensando em largar o vício de imagem e corpo
Tento esquecer os nossos olhos quase se encostando, é em vão
A nossa pele toca e retoca, me tira o ar, eu perco o sono
É pele, é pelo, é pouco
É apelo de senhora sem rumo, é tudo num mesmo segundo
É murro fraco, é fria noite
Hoje conto pras quinas da mesa
Que eu preferia o passado
Ao passo que só o passado me bastava
Hoje finjo que não vejo nada
Ao tempo que eu vejo tudo
Inexplicável e inexato
Me encontro numa estrada sem fim, no meio de um mar de gente
Te encontro tão perto de mim e ao mesmo tempo tão longe, é o fim?
O teu olhar descreve perfeitamente os teus sentimentos
Ando por entre os carros procurando algum motivo pra continuar
É tarde, é noite, escuridão
Hoje conto pras quinas da mesa
Que eu preferia o passado
Ao passo que só o passado me bastava
Hoje finjo que não vejo nada
Ao tempo que eu vejo tudo
Inexplicável e inexato