De peito, coração e alma
Sei que tudo é inflamável
Em mim, em você
Em tudo que eu vejo, que eu toco,
Que eu sinto, que eu beijo
De peito, coração e alma sei que tudo é intocável
Ao mesmo tempo em que é palpável
Em que é mutável, abominável,
Formidável, incontrolável.
Uera,
Sou visão, sou poeira,
Sou caminho, da estrada sou a beira
Solidão a vida inteira
Sai da frente que eu vou ser a primeira
Sai de mim que eu não sou coleira
Essa “neura” é pra quem cheira
Sai da frente que eu é quem vou ser...
De peito, coração e alma
Sei de tudo que ladeia
Chão batido, ou de cimento
Aqui dentro nada mais
Me aporrinha ou me desteia
Fiz sorrisos, fiz canções
Pedi água, pedi perdões
Por aquilo que fiz
O tempo todo sem pensar
Uera,
Sou visão, sou poeira,
Sou caminho, da estrada sou a beira
Solidão a vida inteira
Sai da frente que eu vou ser a primeira
Sai de mim que eu não sou coleira
Essa “neura” é pra quem cheira
Sai da frente que eu é quem vou ser...