Vem ! Salomé !
Tua dança me fascina,
Me seduz e me alucina,
És escrava do amor,
Salomé,
Qual serpente no deserto ferida,
Tens a chama da paixão incontida,
Quando os olhos te devoram,
Sete véus, tu lhes atiras,
E começam a gritar,
Salomé !
Vem ! Salomé !
Vem ! Salomé !
Quando ouço estas vozes,
Me parecem leões ferozes,
A rugirem para ti, Salomé,
E a dança continua, sensual,
No banquete do amor oriental,
Sinto em mim um frenesi,
Ao ver teu corpo que contorce,
Com estas vozes a chamar,
Salomé !
Vem ! Salomé !
Vem ! Salomé !