Nós fomos pra Joinville comprar um opala
Que o rude falou na internet que estava zerado
E gente do bem normalmente garante o que fala
Descemos numa quarta feira de um feriado
Eu vim de Brasília e o brother foi de Barbacena
Minha mãe como sempre falou filho meu não vacile
Depois de passar uma semana de muito problema
num vôo de congonhas fui para Joinville
De fato o opala do rude era mesmo zerado
A gente comprou e de quebra arranjou um amigo
Paramos em Curitiba pra um chope gelado
Chegamos em sampa de noite sem nenhum perigo
Dei pala com quem viu o opala lá no figueira
Ficou de bobeira e o tempo voltou na memória
Entre porches, bms e mercas e a nata inteira
Mas clássico é clássico e tem seu lugar na história
Na máquina do tempo o tempo parou
Correndo só para relembrar
não posso consertar o que passou
O tempo o maior tesouro tem a juventude
Que hoje já não encontra tempo pra nada
Talvez esperando um momento que a coisa mude
e a vida lhe proporcione uma grande virada
Mas quando se vê o tal sonho virou pesadelo
E mesmo que queira vivê-lo já não rola mais
E o plano que você sonhou mas não pode fazê-lo
Na hora em que você tá pronto já ficou pra trás
Na máquina do tempo o tempo parou
Correndo só para relembrar
não posso consertar o que passou
E como final feliz só existe em novela
O opala quebrou na entrada da nossa cidade
Foi sorte arranjar um reboque uma hora daquela
Mas nada capaz de conter nossa felicidade
Chegamos em Belo Horizonte mais mortos que vivos
O Bola ficou bolado com a lata da fera
E para comemorar pequenos aperitivos
Que bom se fosse tudo na vida como a gente espera
Na máquina do tempo o tempo parou
Correndo só para relembrar
não posso consertar o que passou