Que embaraço é tua tez
Há de haver algo no mundo mais conciso
Preciso que tu venhas
Me desconfigurar
Me molha com teus olhos de mar
Era imenso e eu já nem sei
Tua voz ornamentava o meu juízo
Juízo que eu não tenho
Pra me justificar
Mas eu queria ter pra te dar
Uma coroa de rei
Uma nau pro além mar, pro invisível
É claro que eu não tenho
Pra te presentear
Mas eu queria ter pra te dar
Se a razão já não convém
É preciso suturar o indeciso
Preciso mais de um tempo
Pra me equilibrar
E te roubar da boca esse ar
Saquear à força a lei
Pro poder se concentrar no teu umbigo
Coragem que eu não tenho
De me vulgarizar
Mas eu queria ter pra te dar