Rua xv de novembro, 10 do mês de julho
7 Graus positivos às 7 da manhã,
Incontáveis cobertores que esquentam o quanto dá
São paulo, santa sé, quanta grana, quanta gana,
Anos passam, nada muda e como mudos tudo vemos
Não é mesmo problema seu, então pra que mudar?
O teu sonho não pode atrapalhar o de ninguém,
Você não precisa depender de alguém
Pra fazer florescer o que mais te importa
Está faltando amor gratuito, só se cultua beleza,
Ternos e gravatas mascaram o problema verdadeiro,
Como se o resto fosse perfeito
Mas vai chegar o dia que as coisas vão melhorar,
Que a maioria vai estar mais disposta pra amar e se aceitar,
Com diferenças ou não
O teu sonho não pode atrapalhar o de ninguém,
Você não precisa depender de alguém
Pra fazer florescer o que mais te importa
É o parafuso da mente que espana
E muita gente iludida se engana
Situação cabulosa, insana
Vacilou no bagulho é cana
Selva de pedra, loucura urbana
Cobertor, piso frio, cama
Toda ideia que vem, que vai foi grana
Passar veneno não dá, desencana
A santa sé é cruel, é rude,
Mas quem tem pra trocar não se ilude
Ela te chama e acende o holofote
E no primeiro vacilo te dá o bote
Terno e gravata mascarando o problema
Pouca grana, muita gana, é o dilema
Dinheiro é bom sim, todo mundo quer
Buscar o sonho real na santa sé
O teu sonho não pode atrapalhar o de ninguém,
Você não precisa depender de alguém
Pra fazer florescer o que mais te importa
Composição: Paullo Mart / P.MC